Robson Nogueira é um daqueles músicos raros. Nascido numa família de origens nordestina, indígena e europeia, cresceu no litoral paulista onde absorveu essas influências de uma forma inconsciente, sem previsões da universalidade que permearia seu mundo musical no futuro. Vivenciando e descobrindo música, logo cedo encantou-se pelo samba e começou a se dedicar ao violão. Com a musicalidade aflorada e uma facilidade técnica perceptível, ainda aos treze anos de idade, se apaixona pelo cavaquinho e percussão, iniciando sua carreira como músico da noite acompanhando cantores e se apresentando com grupos de samba e choro.

Tempos depois, aos dezenove, Robson descobre o piano. Já com a música incorporada em sua vida, possuindo um vasto conhecimento harmônico e melódico por conta do choro, não sentiu dificuldades em aventurar-se por esse novo instrumento, instigando-o ainda mais à aprofundar as possibilidades de expressar o seu fazer musical. Nesta altura, já conhecia e ouvia música instrumental brasileira, os grandes compositores consagrados desse país, além da música erudita e claro, o jazz.

Foi com esse estado de consciência que o multi-instrumentista deixa o litoral e vai estudar piano no renomado Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, o maior da américa latina. Lá, tem a oportunidade de desenvolver sua técnica, composição e improvisação com grandessíssimos músicos como é o caso de Fábio Torres(Trio Corrente), André Marques(Hermeto Pascoal), Fábio Leal(Mente Clara) e Írio Junior(Nênê Trio). Sempre chamando a atenção dos músicos devido suas performances ao piano, cavaquinho, percussão , guitarra, violão e contra baixo,  antes mesmo que se completasse os oito anos requeridos de curso, Robson gradua-se em piano popular com apenas dois anos de estudos no conservatório. 

Daí em diante, o já maduro pianista começa a construir sua carreira solo, lançando suas composições em seu primeiro disco autoral intitulado “ É assim”, 2008, interpretado pela cantora Nadja Soares. Ao lado do grande intérprete Celso Lago, criaram o “Essência Brasileira”, grupo que se inspirava nas canções e no suingue genuinamente nacional, apresentando-se por todo país e também pela Europa. Radicado em São Paulo, em sua trajetória tem participado como arranjador e compositor de diversos trabalhos na capital paulista, além de aprofundar-se na sonoridade criativa proporcionada pelo encontro com o músico Paulio Celé. conversas intensas através da linguagem da música universal resultam em muita alegria e entrega para aquilo que guia a vida de Robson, sua companheira indispensável: a intuição musical.

Em Agosto de 2014 Robson participou de um conceituado festival de Jazz no leste Europeu, Udvar Jazz Festival na Hungria, apresentou-se Robson Nogueira Trio tocando composições próprias e alguns compositores Brasileiros tais como, Tom Jobim, Filó Machado, Hermeto Pascoal entre outros.

Vale lembrar aqueles que já foram luz iluminando o caminho a seguir pela estrada a frente: Filó Machado o acolheu em seu som e cresceu com o menino Robson, por dois anos consecutivos – 2006, 2007-  tendo como resultado de uma parceria de sucesso a participação no Festival internacional de Jazz de Quito, no Equador. Leila Pinheiro também foi mestra e abriu as portas de sua casa musical para Robson, compondo com ele as apresentações realizadas no espaço Passatempo de São Paulo. Paula Lima também foi uma das cantoras que Robson trabalhou por um ano como pianista e produtor musical , neste período se apresentou em varias emissoras brasileiras de televisão .

Em turnês pelas américas, Europa e Ásia, Robson desvela seu incrível trabalho em formato de duo, trio ou solo. Especialista em música brasileira, sua intensa versatilidade vai lhe abrindo caminhos na música e, logo agora, se prepara para a gravação de seu segundo disco autoral intitulado “Passos de Bailarina”.